Pode ser que riam dos seus sonhos e debochem do seu jeito de ser.
Pode ser que te rotulem, te chateiem e falem mal de você por aí.
Pode ser que te julguem, sem dó nem piedade, e que critiquem a sua aparência, as suas ideias, as suas escolhas, as suas palavras e pensamentos.
Muitos te chamarão de covarde, puritano e careta; outros tantos dirão que você é moderninho e permissivo demais.
O ser humano é mesmo uma contradição irascível e infindável. E é por isso que não dá pra viver com medo do que vão dizer de você.
Se importar demais com a opinião alheia é como aprisionar o poder de escolha que, a bem da verdade, aconteça o que acontecer, é um direito de cada um.
Não sei se a vida é longa ou curta demais, mas acho que ela é muito valiosa pra colocarmos no topo da nossa existência aqueles que só se preocupam em nos criticar. Ou quem não está nem aí pra gente.
Se for para expor seus sentimentos, vá em frente. Se for para se calar, cale-se. Não perca tempo com bobagens e com opiniões que não acrescentam nada. E com quem não se importa com você. Porque, por mais que machuque, tem gente que realmente não se importa.
Vista a roupa que quiser vestir. Fale do que quiser falar. Cante. Tome um banho de chuva de vez em quando. Assista a desenhos animados na TV, durma com a luz acessa, caso tenha medo do escuro. Invente dialetos engraçados, dance de um jeito bizarro, converse com seu cachorro e agradeça ao sol por cada raio de luz, todo santo dia. Faça misturas culinárias inusitadas, mande mensagens de madrugada, tome um porre ao menos uma vez na vida ou, então, se preferir, não beba nada alcoólico até o fim dos seus dias. A escolha é sua. O problema é seu. Seja feliz. Invista em você. Arrisque. Faça as malas sem saber exatamente para onde ir. Ou desfaça tudo e volte pra casa. Abrace apertado. Dê gargalhadas até a barriga doer. Vá atrás dos seus sonhos. Viva. Não minta para si mesmo. Escreva cartas de amor.
Não tenha medo do ridículo.
