madridd1997

 
registro: 11/05/2008
Trate os defeitos dos outros com a mesma consideração que lida com os seus
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ASCENSÃO, GLÓRIA E DECADÊNCIA DE UM GRANDE AMOR

ASCENSÃO, GLÓRIA E DECADÊNCIA DE UM GRANDE AMOR

O“flerte”, um olhar na arte da sedução. Olhos que se demoram um no outro por mais de um segundo dizem mais que mil palavras. Código estabelecido para uma história que pode estar começando. Agora que venha o resto! A paixão é o foco. Vive-se, então, em função dela. Visual se transformando! Cabelo, sapato, perfume, e mais isso e mais aquilo. Roupas, nunca se compra tantas! Estética, ai, emagrecer! Entrar numa academia, hum... aprender a dançar. Músicas, filmes, autores...Tudo pra seduzir, encurtar caminhos.

Hábitos:onde fica o trabalho, a que horas sai pro almoço, onde costuma ir, o que faz no fim de semana? Imaginação a mil, qualquer possibilidade de se “infiltrar” é válida.Ah, o encontro casual, que nada tem de casual! Nossa, percebi uma sombra de sorriso? O mundo vem abaixo, as pernas tremem. Foi só um segundo, mas valeu o dia. O pensamento na cena por milhões de vezes.

Enfim, as palavras... A voz, tantas vezes imaginada, agora é um som audível, Impressionante! Como é linda, cantante, cristalina! Telefones trocados, meio caminho andado. O coração num estado quase vegetativo. O apetite some, o sono vai atrás. Flagrante demais. Todo mundo nota: o que está acontecendo? No mundo da lua...

Caminha a paixão a passos largos. Ao toque do telefone, um pulo pra atender. Do outro lado uma voz que não é voz, é música. Nó na garganta, um bolo no estômago, frio na espinha... Pessoa amada na área... Fecha a porta, aliás, desliga o mundo, que o mundo agora é esse objeto de paixão e só por ele existe.

Primeiro toque, primeiro beijo, primeira vez! Avisa ao povo que sumi de cena! Não converso, não trabalho, não existo. Não sou ninguém, eu sou alguém! Aquele que está comigo, o meu tudo, minha cara metade, escrita nas estrelas, gravada nos muros, anunciada nos sinos das igrejas... Bem me diziam, estava em algum lugar. Chegou pra mim...

Conquista feita, o tempo segue. Noivado, casamento, ajustes na vida, filhos, projetos, situação financeira, dificuldades, rotina... E o tédio. As paredes do “lar”, sufocam. O trabalho é diversão, cansaço é pretexto, a indisposição, uma muleta. Tudo tão insosso, tão insípido, tão inodoro. Claro feito água: a vida a dois é chata, corrosiva, intolerável!

A tentativa de não crer que não deu certo: hora de discutir a relação. Depois de tantas, a conclusão:
_A culpa é sua!
_ Você não muda!
_ Assim não dá!
_ Sabe o que mais?
_ O quê?
_ Pra mim, chega!
_ Pra mim, também!

Pra mim chega, pra mim também... Choque, um silêncio no ar! O que não podia foi dito! E era só o que faltava... O que era temido, e tão duramente evitado, enfim acena como possibilidade. Nenhum se aguenta mais! O fim do mistério que tudo sustenta! A intimidade demais que desgasta...
 O encanto do primeiro flerte, a trajetória da conquista, enfim depõem as armas e pedem paz na decadência do fim...
marina alves

AMAR....

AMAR....

 
Li certa vez uma citação da qual jamais esqueci, qual seja: “ Posso não concordar com todas as palavras que tu dizes, mais defenderei até o fim o seu direito de dizê-las”.
Acredito que o que disse Voltaire, sim, foi ele que citou a frase acima, definiu com muita clareza o que é o amor, o que é qualquer tipo de amor, seja o amor romântico, seja o amor fraternal, seja o amor que existir.
O amor nada mais é do que isso : UMA INESGOTÁVEL CAPACIDADE DE DOAÇÃO, UMA TOTAL CUMPLICIDADE.
Amamos quando não nos importamos em apoiar, em estar presente, em defender.
O importante no amor não é concordarmos com tudo o que o outro diz, mais demonstrarmos ao mundo que estamos presentes em qualquer situação, que talvez não compactuamos com a atitude do outro, mais que o defendemos, independente de qualquer coisa.
Digo que te amo quando por mais que eu não aceite suas atitudes, estou do seu lado para enfrentar as consequências.
Te amo quando você acerta, mais me esforço mais para te amar quando você erra.
Amo suas qualidades, mais venero seus defeitos.
Me alegro com seu sorriso, mais fico contente em ser eu a enxugar suas lágrimas.
As vezes não concordo com você, mais concordo que você diga o que pensa e demonstre o que você realmente é.
Te amo o suficiente para defender o que dizes e tentar me convencer, mais te amo mais e mais quando você não me convence depois de muito ter tentado.
Amar é isso, é defender sempre o direito do outro de dizer o que pensa, mais sem se corromper jamais.
Voltaire está certo, amar é respeitar acima de qualquer outro sentimento.
Ally McBeal

Além de um sentimento

Além de um sentimento

"...pois mesmo que a pessoa certa pareça errada, ainda sim continuará sendo a pessoa certa. O coração manda e o cérebro mente. Perfeição encontra-se nos casais que usam os desentendimentos para crescer, as dúvidas para aproximar, os ciúmes para libertar, o dia a dia para se conhecer. Só existe sofrimento nas expectativas do que acredita ser e não do que é. Ver além é fundamental e necessário é perdoar o passado para viver o presente da melhor forma. E a forma que esse amor poderá ter depende exclusivamente do quanto você não economizará em fazer. Quem economiza alma desconhece a vida pois ausenta-se na melhor parte dela..." Nani Moura

A Importância da Atitude Prática

A Importância da Atitude Prática

Estamos vivendo o mundo da informação, sim, nada de novo nessa frase. Falamos exaustivamente sobre a questão de que as pessoas que detêm a informação são as que obtêm maior sucesso na vida profissional e social, e as que não a detém estão fadadas ao fracasso ou, no máximo, a uma vida mediana.
Concordo, leitor, essa constatação também não é nova, porém há um grande número de pessoas que tem a informação, mas não a aplica. Elas sabem os conceitos, a história e até a mecânica do assunto, porém não sabem executar, não sabem aplicar no momento certo e na oportunidade correta, não sabem adequar o registro mental à ocasião real. São os chamados analfabetos funcionais. E veja que está cheio!
Nada é tão comum como presenciar pessoas falando de maneira eficaz daquilo que conhecem, mas que na hora da aplicação prática transformam as belas palavras em constrangimento, dúvidas e frustrações.
Portanto não são as pessoas que têm a informação e conhecimento que são donas dos melhores cargos e salários, e sim aquelas que, além disso, têm o senso de oportunidade, aquelas que sentem o momento certo de agir com vigor e entusiasmo aplicando o aprendizado da melhor forma possível. São pessoas de atitude, que fazem acontecer. Elas são dotadas de um forte poder de realização mesmo correndo riscos.
Lembrem-se disso: Teorias, sonhos, objetivos e conhecimentos são de extrema importância à vida, porém não haverá sucesso sem a prática firme e continuada.
Disse o prêmio Nobel de literatura Saramago: Um grama de prática vale mais do que uma tonelada de teoria.
Portanto, mãos à obra!
Marcio Portal

A Hipocrisia Humana

A Hipocrisia Humana

Em um capítulo da peça Hamlet de Shakespeare, o protagonista, de mesmo nome que a obra, produz na cena dois do ato três do livro uma peça teatral. Sua intenção era desmascarar as atrocidades feitas pelo seu tio. Esse estaria na platéia assistindo à encenação de um assassinato que imitava de modo preciso a forma pela qual usou para matar seu irmão. Tudo que Hamlet queria era uma reação por parte de seu tio em que o estimulasse a admitir seu crime. Portanto, Hamlet não estava sendo solidário com o povo organizando aquele espetáculo como muitos pensaram, estava sim, vertendo ódio pela morte injusta de seu pai e ávido por vingança. Sim: o insano Hamlet - para mim gênio - foi hipócrita.
Assim é o homem, dotado de carne, osso e hipocrisia, característica intrínseca que denota fingimento de virtudes e sentimentos onde não enxergamos em nós mesmos, mas percebemos de forma abundante em outrem. É sobre essa questão que exijo a reflexão do leitor e convoco-o para uma viagem em torno do meu entendimento sobre o assunto.
A hipocrisia humana é manifestada de diversas maneiras, mas julgo que poderíamos classificá-las em dois grupos maiores: hipocrisias impudentes e hipocrisias elípticas.
As impudentes são aquelas que conseguimos defini-la sem a necessidade de uma observação aguçada e que estão presentes de forma clara no dia a dia. Cito alguns exemplos: hoje, no mundo dos negócios, as empresas falam muito na negociação ganha-ganha onde ninguém sai perdendo, porém por traz disso estão duas estratégias bem montadas para se sair vitorioso, fica claro que esse tipo de negociação é na verdade “ganha-eu”. O que realmente cada empresa quer é sair vencedora de forma que, independente do resultado que obtenha a outra, esse não atrapalhe os negócios daquela. Temos também o caso Ronaldo e Cicarelli que disseram: “nos amamos demais”, e após três meses mudaram o discurso: “Nunca existiu amor”. Outra monstruosidade é escutar entrevistas de jogadores de futebol. É como levar chibatadas no ouvido. Com raras exceções, eles respondem sempre as mesmas coisas, no intuito de não falarem o que pensam para não se comprometerem. O que dizer então dos nossos políticos falando, gesticulando, pormenorizando todos os seus feitos e suas bondades, se defendendo em CPIs de forma tão clara e esplêndida, que a cada depoimento faz-nos, simples mortais, pensarmos que estão certos. Sem comentar sobre a posição do nosso presidente de não querer instalar as CPIs, o que, quando oposição, defendia com rigor. A oposição atual também nos deixa perplexo pelo efeito inverso. Antes não desejavam, agora desejam imensamente instalações de inquéritos. Tudo isso é hipocrisia impudente leitor, o homem usa artimanhas para se beneficiar, e ainda tem poder para se auto-justificar sobre os seus feitos para assim dormir tranqüilo.
Para apimentar o quadro há algo pior que verte em nossas veias: a hipocrisia elíptica. Uma epidemia oculta, invisível ocasionada talvez por razões ainda não desvendadas de maneira precisa pela psicologia ou qualquer outra ciência. É aquela em que, por exemplo estamos fazendo algo interessante e percebemos a presença de alguém observando nossa performance, nos dedicamos a fazer aquela tarefa brilhantemente para que o outro comente a boa atuação. É a roupa justa que algumas mulheres e alguns homens usam para que outros olhem e se interessem vorazmente. Claro que se perguntamos para esses o porquê dessa roupa tão justa a resposta é elementar: “Por que me sinto bem assim”. Outro exemplo é o fato de o homem pensar que pode trair e que a mulher não; esse estereótipo nunca é admitido por aquele, mas a grande maioria pensa assim. Esses são ou não exemplos de não é hipocrisia elíptica? Algo que está ali, invisível e ocasionando sofrimentos muitas vezes em silêncio.
A propósito, quem aqui já não mentiu sutilmente para conseguir algo? Quem já não tornou um segredo de dois em três para benefício próprio? Quem aqui já não disse: “Não gosto” ao invés de dizer: “não sei”; ou ainda disse “te amo” ao invés de dizer “te desejo”?
Como vemos a hipocrisia está entre nós. Em todos os cantos onde exista a raça humana, e em certos casos tão sutil (as elípticas), que nem os seus proprietários a percebem.
Enquanto essa epidemia não tem antídoto, resta-nos apenas denunciá-la, debate-la com rigor para amenizarmos a sua freqüência. Esse é o objetivo do presente texto. Ou será que o intuito dessa crônica seja que o maior número de pessoas a leia para que o autor seja elogiado? Não sei ao certo.
Talvez eu esteja sendo hipócrita.
Marcio Portal