madridd1997

 
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Não Sei....


Poeminha Amoroso

Poeminha Amoroso


Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."

¬ Cora Coralina ¬


A Procura

Andei pelos caminhos da Vida,
Caminhei pelas ruas do Destino -
procurando meu signo.
Bati na porta da Fortuna,
mandou dizer que não estava.
Bati na porta da Fama,
falou que não podia atender.
Procurei a casa da Felicidade,
a vizinha da frente me informou
que ela tinha se mudado
sem deixar novo endereço.
Procurei a morada da Fortaleza.
Ela me fez entrar: deu-me veste nova,
fez-me beber de seu vinho.
Acertei o meu caminho.
(Cora Coralina)


Esse poema mudou a minha vida.....

Morre Lentamente...

Morre lentamente...
quem não lê
quem não viaja,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente...
quem destrói seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente...
quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente...
quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos
e os corações aos tropeços.
Morre lentamente...
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ !

Pablo Neruda


PIDO SILENCIO .....PEÇO SILÊNCIO (PABLO NERUDA)

PIDO SILENCIO
AHORA me dejen tranquilo.
Ahora se acostumbren sin mí.

Yo voy a cerrar los ojos

Y sólo quiero cinco cosas,
cinco raices preferidas.

Una es el amor sin fin.

Lo segundo es ver el otoño.
No puedo ser sin que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.

Lo tercero es el grave invierno,
la lluvia que amé, la caricia
del fuego en el frío silvestre.

En cuarto lugar el verano
redondo como una sandía.

La quinta cosa son tus ojos,
Matilde mía, bienamada,
no quiero dormir sin tus ojos,
no quiero ser sin que me mires:
yo cambio la primavera
por que tú me sigas mirando.

Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.

Ahora si quieren se vayan.

He vivido tanto que un día
tendrán que olvidarme por fuerza,
borrándome de la pizarra:
mi corazón fue interminable.

Pero porque pido silencio
no crean que voy a morirme:
me pasa todo lo contrario:
sucede que voy a vivirme.

Sucede que soy y que sigo.

No será, pues, sino que adentro
de mí crecerán cereales,
primero los granos que rompen
la tierra para ver la luz,
pero la madre tierra es oscura:
y dentro de mí soy oscuro:
soy como un pozo en cuyas aguas
la noche deja sus estrellas
y sigue sola por el campo.

Se trata de que tanto he vivido
que quiero vivir otro tanto.

Nunca me sentí tan sonoro,
nunca he tenido tantos besos.

Ahora, como siempre, es temprano.
Vuela la luz con sus abejas.

Déjenme solo con el día.
Pido permiso para nacer.

PEÇO SILÊNCIO

Agora me deixem tranqüilo, agora se acostumem sem mim.
Eu vou cerrar os meus olhos, somente quero cinco coisas.
Uma é o amor sem fim. A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas voem e voltem à terra.
A terceira é o grave inverno, a chuva que amei,
A carícia do fogo no frio silvestre.
Em quarto lugar o verão redondo como uma melancia.
A quinta coisa são os teus olhos, Matilde minha, bem-amada,
Não quero dormir sem teus olhos, não quero ser sem que me olhes,
Eu mudo a primavera para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero. É quase nada e quase tudo.
Agora, se querem, podem ir. Vivi tanto que um dia
Terão de por força me esquecer, apagando-me do quadro-negro,
Meu coração foi interminável. Porém, porque peço silêncio
Não creiam que vou morrer, passa comigo o contrário,
Sucede que vou viver. Sucede que sou e que sigo.
Não será, pois lá bem dentro de mim crescerão cereais,
Primeiro os grãos que rompem a terra para ver a luz,
Porém a mãe terra é escura, e dentro de mim sou escuro,
Sou como um poço em cujas águas a noite deixa suas estrelas
E segue sozinha pelo campo. Sucede que tanto vivi
Que quero viver outro tanto. Nunca me senti tão sonoro,
Nunca tive tantos beijos. Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas. Me deixem só com o dia.