ʙƖᴏɢᴜєɪяɪηʜ@

 
registro: 20/10/2020
“Aja como se o que você faz, faz a diferença. Porque faz.” – William James. Por menor que seja, sempre faz diferença. Bom Dia!
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Dominó

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3 anos 337 dias h

A dor do outro.

Ainda que nos coloquemos no lugar do outro,
jamais teremos a dor do próximo.
É isso. Quem não padece das dores não as pode avaliar.
Em uma realidade que as felicidades e sofrimentos individuais
estão expostos, somos tentados a julgar e até mesmo acreditamos
que os insucessos do outro – a reprovação de um curso,
o desemprego, o fim do amor, a morte de um ente querido –
foram demasiadamente valorizada por ele.
Acreditar que sabemos a exata dor da ferida é falta de humildade.
E empatia sem humildade, é arrogância apenas travestida de solidariedade.
Cada um de nós temos uma reação ao sofrimento.
Nos enganamos que sofrimento e alegrias são emoções equiparadas.
As palavras dolorosas, as derrotas, as reprovações, rejeições e perdas
são emoções negativas que precisam de muitas emoções positivas
para que a mente e alma encontrem o equilíbrio.
Para muitos, a dor de ouvir uma palavra negativa não é “curada”
por um pedido de desculpas imediato, um elogio.
Às vezes, o equilíbrio só é alcançado com 3, 5, 10 palavras e
momentos positivos que somados ao tempo,
curem o coração.
O exercício da empatia consiste em buscar respeitar,
compreender a dor do outro, sem a arrogância de acreditar
que sabe o sentimento do outro.

Logo, a dor do outro é a dor do outro.
Respeitar a dor do outro é se compadecer,
se colocar no lugar dele, lamentar, mas sem julgar,
pois ainda que nossa perda seja semelhante, ela não é a dor real do outro,
até porque “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
Decerto, a empatia exige solidariedade, mas também humildade
para compreender e respeitar as lagrimas e risadas alheias,
sem arrogância de pensar do que é felicidade
e dor emocional do outro, como ninguém tem a exata noção
da sujeira sentimental que há nossos corações
diante das poeiras emocionais das estradas na jornada da vida.
Se os outros são os outros e ninguém sabe a exata noção
da vida que temos, nós também jamais teremos a real emoção do outro,
pois somos únicos nas nossas lágrimas, emoções,
sofrimentos, dores, alegrias e risadas.
Talvez, assim, o equilíbrio produz empatia e solidariedade.

Helom Nunes