Maria Ana (nome fictício) faleceu faz um tempo, uns dois anos... foi uma morte súbita, agravado pelo AVC, e olha que ela já tinha sofrido um AVC anteriormente que deixou um dos seus braços e uma das pernas imóveis... inclusive, na época ela ficou internada por muito tempo, e algumas vezes eu fiquei de acompanhante, fui uma das primeiras a ficar de acompanhante... e sinceramente fiquei com muito medo que ela não saísse daquela situação: aparelhos para respirar, inconsciente... mas saiu, ficou fazendo fisioterapia e a perna até voltou ao normal e o braço ficou "inválido".
Maria Ana, mesmo com seu braço sem movimentos, era muito vaidosa, gostava de ajeitar seus cabelos, fazer as unhas....
E quando veio a falecer, tinha feito há uns dois dias... estavam belíssimas suas unhas, o esmalte com uma cor linda.
E lá estava ela no caixão, com as mãos entrelaçadas sobre seu corpo, e suas lindas unhas a mostra... então um dos mais fanáticos, que acreditam que se uma pessoa morre e enterram com as unhas pintadas não vai para o céu, começou a comentar e já queria arrumar um removedor de esmalte para tirar a pintura das unhas dela.
A irmã de Maria Ana ficou irritada com aquela situação e disse que de maneira nenhuma ia permitir que tirassem o esmalte, pois se ela gostava de usar seus lindos esmaltes, não ia contrariar ela depois da sua partida.
E Maria Ana foi enterrada daquele jeito...
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Quem sempre teve suas vaidades, e na sua partida dessa pra "melhor"(????), se tirar toda a vaidade é salvo e vai para o céu?
Céu / inferno... eu prefiro acreditar que nossa carcaça servirá para nutrir outros seres que ficarão satisfeitos com nossos compostos... Sei lá temos bastante matéria a ser distribuída para muitos serzinhos.
A alma já é uma incógnita pra mim... mas estou fazendo minha parte... meu maior pecado acho que... foi matar uma lagartixa!????
Ah... um adendo: vocês já pararam para pensar que alguns elementos químicos que estão em vocês hoje, podem um dia ter sido de um outro bicho, tipo... só um exemplo bem longe... um dinossauro?
Nossa... viajei demais!
... Mas a história é verídica... hã... será?
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