Eu não vim dos livros, o que te contaram sobre cinquenta tons, no meu mundo não
tem cor.
Eu te provoco o corpo, a carne, a mente e o teu desejo faço pingar, deslizar por
tuas coxas até chegar ao chão.
Eu sou o sagrado e o profano.
Minha boca é impura, minha língua é fogo na tua pele.
Eu caminho erótico e obsceno no teu corpo, e o meu no teu não tem lei.
Sou paixão que se derrete, que queima, meu chicote chia no ar.
Chego, meus sapatos fazem sons.
Ela está de costas, somente vestida com uma camiseta e descalça. Cabeça baixa,
olhos fixos no chão. Meus olhos a percorre de baixo à cima.
Suas coxas estão suadas, o corpo treme, percebo pelos tremores da camiseta.
Cabelos longos que chegam até a sua bunda e com uma calcinha pequena, vejo-a porque
está marcada no tecido.
O cheiro de medo me excita, me deixa duro! Meu desejo está quase arrombando as minhas
calças e soltando para fora.
Ela respira...
Me aproximo devagar e isso é muito excitante porque todo o corpo dela a condena, o
quanto está receptível, seu corpo são notas sonoras desencadeando o doce e delicioso
veneno melado que vou lamber e chupar entre as tuas pernas.
É por mim que o teu corpo fala chorando o teu prazer.
Chego, encosto o meu corpo no dela, respiro o cheiro dos teus cabelos...
baunilha!
Passo meu rosto devagar nos seus cachos, e por uns segundos fico com meu rosto na tua
cabeça, e posso ouvir os teus pensamentos, a magia que nos assombra e nos une.
Minha boca procura o seu pescoço, levo minhas mãos ao redor de tuas ancas e a aperto,
ela respira mais e eu a trago mais para perto, para que sinta o quanto me causa!
Beijo, desço a manga da camiseta deixando um ombro à mostra, mordo levemente, passo a
língua, ela agora geme.
Estou preparando o seu corpo e vou te mostrar quando a pele vira carne.
Me abaixo, contemplo a beleza que a criação divina forjou na natureza.
Minhas mãos à procuram e eu as subo lentamente e encontro o pequeno tecido que meus
dedos enlaçam lado a lado, e vou descendo devagar e quando a tiro levo as minhas narinas,
e sinto o aroma da fêmea perfeita para um imperfeito como eu, cheio de luxúria.
Me arrepio inteiro!
Beijo todas as passagens de pele e ordeno que encoste as mãos na parede e empine pra
mim...
E sou obedecido lindamente.
A visão que se descortina à minha frente faz com que eu me sinta um monge venerando
as escrituras sagradas de um livro nunca lido e proibido para um mortal pecador como
eu.
Feito um cão sinto o cheiro entre tuas nádegas que abro com a minha língua, procuro e
penetro em sua fundação, ela agora se move querendo rebolar e um tapa é o comando para
que pare e me deixe apreciá-la, porque parada sei que é uma tortura para ela, enquanto
o corpo padece, e minha boca chega queimando, examinando as tuas escuridões e o néctar
vaginal escorre capaz de queimar a minha garganta.
A ordem é:
Ande nos meus domínios e sinta prazer!
A luta do seu corpo para se manifestar me satisfaz ,e eu judio enquanto minha língua
canta melodias obscenas lambendo-a e minha boca chupa as tuas vinícolas puras.
Depois de tudo, sem a permissão do "não" se derramar, a tomo nos braços, desço as escadas
do subsolo e entro em um dos meus mundos onde só é permitida a passagem a quem quer
caminhar nas sombras do prazer.
Amarrada, vendada, o meu jogo começa entre as tuas pernas enquanto o floger vai cantar na
tua carne, as velas vão lamber a tua pele, vou permitir que os meus lençóis sejam molhados...
Vou permitir prazer!