No silêncio de um desespero,
Deparo-me com a morte súbita em meu peito,
Encosto-me ao lado da minha sombra
Com os lábios de sangue experimento o frio que sustenta meu corpo
Desfaço-me no vento alido que contorna essa triste noite
Apresento-me como escuro diante do negrasco vazio
Sinto-me morrendo...
Sinto-me a ponto de não viver a felicidade em meus sonhos...
Meus olhos apenas enxergam a pequena dor
Que carrego no meu sexto sentindo
Sinto o cheiro da solidão em meus medos
Sinto a pele nociva da única mão que posso segurar, a minha...
O ar que respiro se torna cansado nessa cúpula de decepções
Os batimentos cardíacos se perdem ao som das estacas cravadas em meu peito
Os gemidos com ruídos de uma destruição não apenas superficial
Destruição fatal dos laços entre viver, sentir, amar e sorrir
Nesse declínio paranóico, apodreço.
Na frieza geleira que acabou com um doce puro vulcão
Perde-se o suspiro, o alvoraz, o horizonte
Encontra-se o cedro empoeirado e lascivo
Doce veneno que alimenta a morte
Faz-me saborear seus efeitos intoleráveis
Sobre apenas um corpo sem lápide
Que permanece no fundo do abismo perdido
lombrah
João Pessoa
registro:
Tudo que nao me mata me fortalece.
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