acma1953

registro: 03/01/2011
I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
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Último jogo

Amor a dois tempos no Inverno ou Verão

Se dançássemos na pista como o fazemos na cama, o mundo inteiro parava só para nos ver dançar.

Enfrenta corajosa o frio dos lençóis e aguenta o primeiro arrepio com que podes contar.

Abre os olhos para me veres entrar e abre os braços dessa pele que me reclama, ouve a voz com que ela me chama, sereia, tão perto do ouvido a boca que incendeia tudo aquilo que nos faz nessa altura.Sente o calor que contraria a madrugada que lá fora está gelada mas o Inverno aqui acabou quando o inferno se instalou entre as pernas com que me envolves agora e o teu corpo já desespera pelo contacto total, a nossa pele em aquecimento global e os lábios arrastados pelo corpo já semeiam beijos como acendalhas numa lareira que vejo reflectida no teu olhar. Esse brilho que faz prenunciar a entrega do sol nas minhas mãos, esse corpo feitiço que me envolve num abraço que magia alguma consegue reproduzir.

Tudo aquilo que nos fazemos sentir enquanto te toco aqui e além, enquanto me puxas para ti e me dizes vem por entre o som ofegante da tua respiração e eu possuo o teu coração em simultâneo com o resto desse corpo dedicado em exclusivo ao prazer que te dou. Desse rosto iluminado pelo sorriso que me encantou quando me aceitaste, anfitriã, madrugada quase manhã, onde mais me apeteceu porque me disseste sou toda tua.

A verdade toda nua, estampada no grito que ecoou na madrugada quando ambos zarpámos para uma terra distante onde a luz explode em mil cores e o silêncio se pinta de outros tons que são a loucura dos nossos sons misturados na paleta que coloriu os lençóis que agora ensopamos com o amor que transpiramos a dois. Enfrenta corajosa o calor que agora emana deste forno, desta cama, e aguenta o desafio que te quero lançar.

Abre o peito para me sentires entrar, outra vez, neste leito de um rio que desfez (com a enxurrada pelos nossos corpos libertada) as margens de manobra para quaisquer hesitações e transbordou para os corações e afogou mesmo à beira da foz o medo de enfrentar a tormenta de um mar sem fim, dentro de nós, incontrolável, que é a imagem do futuro de um amor assim, interminável, que requer tanta coragem e um querer muito forte, abraçado ao longo desta viagem à sorte e sem destino traçado, aleatória, predominantemente emocional. E constrói comigo uma história de amor imensa, tão resistente, tão intensa, que a acreditemos (nos sonhos secretos que alimentamos) necessariamente imortal.

Escorrega por mim. Não te deixes ficar assim, encharcada, à mercê do frio de uma madrugada que vivermos a dois num Verão sentido muito depois de o Outono terminar. Na nossa cama, onde podes agora transpirar o amor estival que acontece normal quando sentimos a pele gritar pela outra que lhe falta e nos encostamos até o calor começar a incendiar-te o olhar com que me devoras por antecipação. Segura por instantes a minha mão e faz de mim a tua marioneta, conduz-me sem pressa à porta mais certa para entrar em ti, molhada, já sem frio numa madrugada que vivermos a dois num espaço qualquer.

Nesse corpo de mulher de fogo coberta do suor libertado pelo amor que me deixa perplexo quando nos entregamos ao sexo como dois amantes sem mais folhas no calendário, empenhados no seu melhor.
Quando o meu prazer libertário apela à tua revolução interior.

 

https://www.youtube.com/watch?v=OjEBUgsnCC0